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Greve dos motoristas de ônibus de Jundiaí começa na próxima segunda-feira

Publicado em: 18/12/2024 Autor/fonte: Jesus dos Santos
Greve dos motoristas de ônibus de Jundiaí começa na próxima segunda-feira
A Prefeitura de Jundiaí, em seu portal, informa que está acompanhando o desdobramento da decisão dos trabalhadores e que irá atuar para evitar a greve. Já o presidente do sindicato da categoria, Emerson Lopes, assegurou já estar tomando todas as providências legais para o início do movimento. O ex-presidente do sindicato, Paulo Ataíde dos Santos, parabenizou a categoria pela decisão tomada

Jesus dos Santos

Em assembleia realizada em duas etapas, manhã e tarde, desta terça-feira (17), os trabalhadores das empresas de ônibus da cidade decidiram entrar em greve, a partir de zero hora da próxima segunda-feira (23).

O motivo da greve se deu pelo fato de as empresas concessionárias do serviço de transporte público não aceitarem a proposta dos trabalhadores para reajuste de 13,5% em seus salários. Em contraproposta, elas ofereceram 6%, que foram rejeitados e deram base para a decisão da greve.

As empresas concessionárias são representadas pela Transurb – Transportes Urbanos de Jundiaí Ltda., que tem como foco principal de atuação a emissão de vales-alimentação, vales-transporte e similares.

Em nota, ainda nesta terça-feira, a Transurb informou que ainda não havia sido comunicada formalmente sobre a decisão de greve e que somente recebeu a notícia de que sua contraproposta de reajuste salarial não foi aceita, em assembleia, pelos trabalhadores. (Leia íntegra da nota, ao final desta matéria).

A Transurb também informa que se mantém disposta a negociar com os trabalhadores, dentro dos limites e critérios econômico-financeiros aplicáveis e que irá pleitear, na Justiça, medida para impedir a greve..

De acordo com Emerson Lopes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Jundiaí, a composição desse índice de 6% está em 1,20% de aumento real e o restante em reposição da inflação. Há também reajustes em outros itens.

“A categoria recebeu a contraproposta de 6% de reajuste salarial, 19% no PLR e 15% nos benefícios (vale-alimentação e vale-transporte), mas, mesmo assim não aceitou. Decidiu ir para a greve. Existe uma defasagem de 4% nos salários da categoria, provocada pela pandemia (coronavírus). Mas, essa defasagem é só nos salários. Nos benefícios ela já foi superada há muito tempo”, disse o presidente do sindicato.

“A questão é que a inflação do trabalhador é sentida no supermercado. Não é essa inflação medida pelo governo. Aí acaba nessa confusão e a categoria decidiu pela greve, para a qual já estou tomando as providências legais”, finalizou Lopes.

NOVA LEI MUNICIPAL

Já para o ex-presidente do sindicato da categoria, Paulo Ataíde dos Santos, os trabalhadores estão de parabéns em não aceitar a contraproposta da Transurb. Ele fez questão de citar a nova lei municipal, aprovada na semana passada, que trata da garantia do subsídio para o pagamento das tarifas das empresas de ônibus.

“Estive na assembleia e vi que a decisão dos trabalhadores é a correta. Eles estão de parabéns! Na assembleia foi colocada a contraproposta das empresas, que foi de 6%. E também já foi avisado que elas (as empresas) podem chegar a 8%. Ora! Por que já não ofereceu os 8%? Mesmo assim, houve resposta antecipada da categoria, dando conta de que também não aceitaria os 8%. Decidiram pela greve. Quando se trata de garantia de pagamento para as empresas, os vereadores votam pela aprovação, de forma até muito rápida”, disse Ataíde.

“Agora, quando se trata de reajustar os salários dos trabalhadores, sempre aparece dificuldade que acaba dando início à greve. A Prefeitura de Jundiaí acabou de garantir o faturamento das empresas, por meio de uma nova lei, que foi aprovada pelos vereadores, a toque de caixa na semana passada. Então que seja também garantido o direito de reajuste pedido nos salários dos trabalhadores, ou seja, os 13,5%!”, esbravejou Ataíde.

Por fim, Ataíde fez comparações, mostrando a situação dos trabalhadores em relação ao faturamento das empresas de ônibus.

“Por incrível que pareça, na cidade ainda há dúvidas sobre se, a partir do próximo governo municipal, com Gustavo Martinelli, haverá ou não aumento da tarifa e se a população terá ou não o benefício do subsídio pago pela Prefeitura de Jundiaí. Seja como for, as empresas vão continuar recebendo a mesma coisa que recebem hoje. Ou mais! Ou seja, o valor real da tarifa hoje é de mais de R$ 7,00. O usuário paga R$ 5,50 e a Prefeitura de Jundiaí, o restante”, continuou o ex-presidente.

“Se acabarem com o subsídio, o valor real vai continuar os mesmos mais de R$ 7,00! E cada usuário é quem vai pagar tudo. E então, com essa tarifa (com ou sem subsídio) não há como as empresas negarem o reajuste pedido pelos trabalhadores. Espero que a população de Jundiaí entenda e ajude a categoria nessa luta. A greve é a melhor arma contra essas decisões recentes que só favorecem as empresas. Precisamos valorizar e favorecer os trabalhadores”, completou Ataíde.

PLR

Consta da contraproposta da Transurb, o aumento de 19% na PLR para os trabalhadores.

A PLR – Participação nos Lucros e Resultados – é devida aos trabalhadores pelo comprometimento que eles apresentarem para o sucesso da empresa, envolvendo a qualidade dos serviços oferecidos à população, metas financeiras, produtividade, dentre outros critérios estabelecidos em negociação específica.

Esse valor, que é oferecido como incentivo, não é incorporado ao salário do trabalhador.

COMUNICADO TRANSURB JUNDIAÍ

Informamos que até o presente momento a empresa não foi notificada formalmente de qualquer movimento de paralisação do transporte na cidade de Jundiaí, sendo que, apenas, houve notícia de que a contraproposta de aumento salarial enviada à categoria foi rejeitada em segunda assembleia, realizada na data de hoje.
A pauta inicial apresentada pelos trabalhadores era de 13,5% de aumento salarial.
A empresa ofereceu, em sua segunda proposta, apresentada na data de hoje, aumento de 19% no PLR, 15% nos benefícios e 6% sobre os salários, que combinados oferecem ao final 11% de reajuste à categoria.
Tal qual se deu na primeira assembleia, sem qualquer justificativa, os trabalhadores optaram por não fazer nenhuma contraproposta à empresa.
Como este desfecho não atende os princípios básicos das negociações coletivas, acrescido do fato de que o reajuste proposto pela empresa suplanta em muito qualquer índice inflacionário do período, tratando-se do maior de 2024 oferecido a todas as categorias dentro de Jundiaí, a empresa se manterá disposta a negociar, dentro dos limites legais e critérios econômico-financeiros aplicáveis.
A empresa adotará desde já as medidas judiciais necessárias para evitar a paralisação dos serviços e o consequente prejuízo aos usuários, bem como, para que, outros interesses, estranhos à negociação coletiva propriamente dita, interfiram nas tratativas, que deve buscar, tão somente, a melhoria salarial dos trabalhadores.

 

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