Jesus dos Santos
A juíza Olga Regiane Pilegis, titular da 4ª Vara do Trabalho de Jundiaí, negou o pedido de intervenção no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Jundiaí - Sindserjun. A decisão foi tomada na noite desta terça-feira (25).
O pedido, sob a responsabilidade do advogado Israel Carlos Teixeira, foi feito pela Chapa 2 (Sindicato para Todos), de oposição e também pleiteava o afastamento de todos os membros da atual diretoria do sindicato.
“Diante de todo o exposto, por ora, indefiro a tutela de urgência requerida para afastamento da diretoria e nomeação de interventor judicial ante a necessidade de maior dilação probatória e o risco de irreversibilidade da medida, às vésperas de novo pleito”, decidiu a juíza Olga Regiane Pilegis, titular da 4ª Vara do Trabalho de Jundiaí.
A juíza Olga Pelegis enfatizou a iniciativa do sindicato, que, em sua defesa contra o pedido da Chapa 2, apresentou a programação de novo pleito, desta vez online.
“Ademais, a informação trazida pela defesa quanto à assembleia realizada e à designação de novo pleito, no formato eletrônico, para daqui dois dias, altera o cenário fático, exigindo prudência deste Juízo para não criar instabilidade jurídica às vésperas do ato democrático da categoria”, disse a magistrada.
“Se a própria entidade, no exercício de sua autonomia, buscou sanar o vício através da convocação de novas eleições – e agora na modalidade eletrônica, o que mitiga consideravelmente o risco de violência física nos locais de votação -, não cabe ao Judiciário substituir a vontade da assembleia pela figura de um interventor, neste momento”, completou.
PREPARAÇÃO
Ainda sem conhecer o resultado da decisão da Justiça, Robinson Augusto Alves de Souza, que encabeça a Chapa 2 (Sindicato para Todos), de oposição, postou um vídeo no grupo de servidores municipais no WhatsApp.
De Souza, como é chamado na Guarda Municipal onde trabalha, disse que as três chapas concorrentes participaram de uma reunião online, na tarde desta terça-feira (25), com os responsáveis pela organização e execução da próxima eleição na quinta-feira (27). Ele criticou a reunião e outros pontos que antecedem essa eleição.
“Como que essa assembleia, não divulgada da forma que deveria ter sido, atingiu os servidores e quais foram os servidores que nela estiveram e decidiram pelo voto virtual?”, questionou De Souza.
“Tivemos uma reunião hoje (25) entre as três chapas (concorrentes) e os responsáveis por esse pleito. Essa reunião não foi nada aceitável”, criticou o líder da Chapa da 2.
No vídeo, De Souza não revela o conteúdo não aceitável da reunião, mas, avalia mostrar alguns vídeos que estão em seu poder.
“Espero que eu possa divulgar os vídeos que tenho dessa reunião. A (atual) diretoria do sindicato é inaceitável e passa dos limites quanto aos princípios jurídicos, éticos e morais. Tudo isso para atingir o resultado e ficar (continuar). Vou consultar os advogados para saber se posso divulgar os vídeos dessa reunião”, finalizou De Souza.