Jesus dos Santos
O ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Jundiaí, Paulo Ataíde dos Santos (foto), comentou, na tarde desta sexta-feira (13), sobre a aprovação do projeto de lei que se refere ao transporte coletivo na cidade.
De autoria do prefeito Luiz Fernando Machado, o projeto trata da licitação do novo modelo de concessão de transporte público, que além de melhorias no serviço, garante a manutenção do subsídio no custeio, que é proteção do bolso da população usuária do sistema.
De acordo com Ataíde, apesar dos desencontros de informações sobre a votação do projeto, a nova lei parece não trazer, pelo menos por enquanto, nenhum prejuízo aos trabalhadores da categoria.
“Que lamentável está a comunicação em nossa cidade! Veja que a votação e aprovação do projeto de lei ocorreu logo no início da manhã de hoje e, até agora, quase seis da tarde, ainda há muitos comentários nas redes sociais. Uns dando conta de que a tarifa vai subir para mais de R$ 7,00, no ano que vem, outros, que o subsídio continua!”, disse Ataíde.
“Mas, já temos notícias oficiais de que o subsídio da tarifa está mantido. Não acabou. E que também a votação de hoje não tratou de tarifas, mas de um novo modelo de licitação para a contratação de empresas para o transporte público, concedido a empresas privadas”, completou.
O ex-presidente alertou a categoria dos trabalhadores para que fique atenta aos próximos passos depois da aprovação do projeto de lei.
“Como será o edital para a licitação nesse novo modelo aprovado hoje? Será que nele constará a exigência da manutenção dos direitos trabalhistas da categoria? Vão aproveitar os motoristas das atuais empresas ou vão demitir todo mundo e trazer trabalhadores de fora?”, continuou ele.
SUBSÍDIO
Por último, o ex-presidente fez comparação entre a situação dos trabalhadores da categoria com o subsídio pagos pela Prefeitura e a eventual retirada dele.
“Ainda bem que foi mantido o subsídio! Com ele, as empresas de ônibus recebem mais de R$ 7,00 pela tarifa. Mas, mesmo assim, recebendo essa tarifa alta, as empresas retiraram benefícios da categoria. Retiraram o plano de saúde para os dependentes dos trabalhadores. Retiraram cestas básicas de parte da categoria, dentre outros prejuízos. Imagine essas empresas sem o subsídio! Muitas pessoas vão passar a andar muito mais de Uber e táxi do que de ônibus! E caindo a arrecadação, vão querer que a categoria pague a conta”, alertou Ataíde.
ACOMPANHAMENTO
Ainda no sentido de alerta, o ex-presidente falou sobre o acompanhamento dos próximos passos, após a vigência da nova lei.
“A categoria precisa estar atenta e acompanhar todos os passos seguintes à essa nova lei. Precisa exigir que do edital de licitação conste direitos e garantias dos trabalhadores. E para isso não há dificuldade nenhuma. Basta a categoria estar unida, sempre em busca de vitórias”, finalizou Ataíde, desejando um feliz Natal e um Ano Novo cheio de alegrias para toda a categoria.