A ASSERV – Associação de Servidores Municipais do Aglomerado Urbano de Jundiaí e Região, por meio de seu presidente João Miguel Alves, encaminhou, nesta sexta-feira (12), ofício ao Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), solicitando esclarecimentos sobre o que o órgão está fazendo para proteger os servidores da Rede Municipal de Ensino e, por consequência, aos alunos, pais e outras pessoas.
João Miguel alega que a volta às aulas tem preocupado bastante a entidade que preside e que congrega servidores do município de Jundiaí, doAglomerado Urbano de Jundiaí e Região.
“Tem notícias atuais nas redes sociais, dando conta de que oito professores já estariam acometidos de Covid-19 na escola Geva, depois de duas semanas da volta às aulas. Tem notícias sobre outros locais também”, comenta João Miguel.
“Mas, precisamos saber sobre esses fatos de maneira oficial! Principalmente nós da Asserv, que estamos empenhados na proteção da saúde do servidor! Precisamos nos unir mais e enfrentarmos essa situação, que não é nenhuma brincadeira! É risco de vida!, assinala.
O presidente da Asserv avalia que o Cerest, como órgão responsável pela saúde do trabalhador em Jundiaí e pela sua área de abrangência (mais 11 ou 12 municípios), precisa se mostrar presente aos servidores.
“Não temos visto a presença do Cerest junto aos professores, que estão com medo desse retorno às aulas e sem nenhuma garantia de saúde ou da própria vida. Sabemos que a tarefa não é fácil, já que a legislação se espalha nas esferas federal, estadual e municipal. Mas, é preciso dar conta do recado! A Prefeitura de Jundiaí também conta com um Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, que, ao nosso ver, deveria estar junto ao Cerest, que por sua vez, junto aos sindicatos de cada categoria, para trabalhos em busca da proteção necessária dos servidores e trabalhadores em geral aqui de Jundiaí e de toda a nossa região”, avaliou João Miguel.
O presidente da Asserv informou que aguardará os esclarecimentos do Cerest e, a partir deles, tomará as providências necessárias, se o caso.
“Vamos aguardar a posição do Cerest e, depois, analisar e decidir o que faremos enquanto associação regional. Se preciso, tomaremos todas as providências que couberem ao caso para que os professores e servidores em geral da Rede de Ensino recebam a proteção garantida pela Constituição Federal. Não cremos que o estado de calamidade pública declarado tenha o poder de afastar as leis que protegem os servidores. Por isso, fomos ao Cerest, que é o responsável pela saúde do trabalhador de Jundiaí e região. Ele conta com uma equipe grande, composta por médicos, enfermeiros, engenheiros, técnicos de segurança do trabalho, dentre outros e precisa vencer os desafios impostos por essa pandemia da melhor maneira possível. Riscos mecânicos, físicos, químicos e ergonômicos provocam acidentes e doenças aos trabalhadores. Os biológicos, como o coronavírus, também. Por isso,precisamos saber mais do Cerest, em favor dos servidores de Jundiaí e região”, finaliza o presidente.