Jesus dos Santos
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Campo Limpo Paulista, por meio de seu presidente José Henrique Bibiano, fez um alerta, neste sábado (19), sobre a reunião ocorrida entre o prefeito Luiz Braz, seu secretário de Educação, Vinícius Passarin e uma comissão de professores.
Bibiano enfatiza que é preciso muito cuidado com os atos programados pela prefeitura, sem o conhecimento e, principalmente, a participação do sindicato.
“Não temos dúvidas de que comissões de servidores ajudam – e muito – o sindicato. Mas, elas não têm a competência legal para, sozinhas, representar nem mesmo parte da categoria. Essa competência é exclusiva do sindicato”, disse Bibiano.
“Por isso, precisamos tomar muito cuidado, quando, em comissões ou grupos isolados, somos convidados pela Administração Municipal para participar de reuniões. O sindicato precisa saber e participar dessas reuniões”, alertou o presidente.
Fato que, em especial, mereceu alerta do sindicato foi a respeito da decisão tomada pelo prefeito e uma comissão de professores que com ele se reuniu.
“A prefeitura divulgou uma nota dizendo que se reuniu com uma comissão de professores, na semana passada, e a ela garantiu a realização de alguns estudos de impacto financeiro, equiparação salarial, entre outras coisas. Isso é usurpação de competência! Nenhuma comissão pode aceitar uma coisa dessas! Nenhuma comissão ou grupo isolado tem competência legal para isso. A representatividade legal dos servidores é exclusiva do sindicato e por ele terão de ser feitas as tratativas que envolvem os direitos trabalhistas. E é claro que, isso sim, o sindicato poderá estar acompanhado por comissões ou grupos de servidores nessas tratativas”, completou Bibiano.
Outro fato citado por Bibiano dá conta de que a Prefeitura de Campo Limpo divulgou na mesma nota da semana passada que somente 6,2% dos servidores aderiram à paralisação, ocorrida no último dia 17.
“Veja que a prefeitura disse na mesma nota que somente 156 servidores participaram de nosso movimento de paralisação e que isso representa 6,2% do total da categoria. Mas, o fato é que o movimento não se deu em toda a categoria. Foi somente na Educação!”, explicou Bibiano.
“A prefeitura tem muita facilidade e interesse para desvirtuar fatos reais e, assim, enganar os servidores e colocar a população contra eles. Precisamos estar juntos! Não somente o sindicato! Não somente as comissões ou grupos! Todos juntos!”, advertiu.
Por último o presidente fez apelo de união e dedicação entre a categoria.
“Sabemos que existem servidores que, desiludidos com outras administrações passadas de nosso sindicato, não querem mais participar de nada na forma coletiva. Alguns nem acreditam mais em sindicatos em geral. Mas, isso precisa ser mudado de forma urgente! Ou, então, continuaremos, a cada dia mais, perdendo e perdendo. Ninguém deve abandonar seu sindicato! Se nele há problemas, estes precisam ser apontados e corrigidos. Estamos aqui à disposição para fortalecer nosso poder de luta, que só vai ocorrer com a união de todos. Assim, conto com toda a categoria”, apelou Bibiano.
NOVA PARALISAÇÃO
O presidente do sindicato também apelou para a participação dos servidores no próximo passo da luta da categoria, programado para a próxima quinta-feira (24).
“Nossa luta continua e estamos certos de que o prefeito vai nos receber e atender as nossas reivindicações do acordo coletivo. Na próxima quinta-feira (24), os servidores da Educação vão parar de novo. E agora, acompanhados pelos servidores da Saúde e do Serviço Social. Esperamos que todos, mas todos mesmo, participem. E, se ainda assim, o prefeito não nos receber, vamos, a cada semana, aumentando o número de setores nessas paralisações semanais. Só a vitória nos interessa”, finalizou Bibiano.