“Que o lixo é questão de saúde pública, todo mundo sabe. Menos a Prefeitura de Jundiaí. Eu não aguento mais a sujeira na cidade!".
Foi com esta frase que o ex-conselheiro de Saúde, Irineu Romanato Filho, começou sua reclamação sobre a situação que encontrou, nesta semana, no centro da cidade.
“Faz dois dias que esse lixo está aqui, na esquina entre as ruas Dr. Torres Neves e Prudente de Moraes. Aqui tem cheiro ruim, tem papel, tem tecido, tem resto de comida, tem pedaços de madeira, tem bicho morto, tem de tudo. Só não tem a coleta deles! Está uma vergonha essa situação. Pedi para a Prefeitura colocar uma lixeira aqui e ela colocou. É aquela vermelha ali (apontando para a lixeira). Mas quem vai colocar esse lixo lá dentro? E quando vãoretirar ela daqui?”, questionou Romanato, acrescentando que “tem coisas nessa Prefeitura que parecem piada”.
O ex-conselheiro faz sugestões para colaborar com a apresentação de, pelo menos, o centro da cidade.
“Não sei como estão os bairros. Mas, o centro da cidade tem mostrado uma péssima apresentação e mau exemplo. Veja esse lixo próximo ao bueiro! Boa parte disso tudo vai para os rios, ou mínimo entupir tubulações de águas de chuvas! Será que a Prefeitura não tem ninguém para olhar isso? Até sugiro que funcionários em veículos descaracterizados, que podem ser da Guarda Municipal, da Fiscalização de Posturas, ou do Trânsito, passem a circular mais pelo centro com a finalidade de olhar para esse aspecto de saúde pública, em relação ao lixo. Isso porque não é só a Prefeitura a responsável por este absurdo. Quem tem esse hábito de colocar essas coisas na calçada e no meio da rua também precisa ser responsabilizado. Conheço municípios que têm multas pesadas para esse tipo de coisa. Aqui não tem nada!”, finalizou Romanato.
DOENÇAS
De acordo com o Ministério da Saúde, várias doenças podem ser provocadas pelo lixo.
Dentre elas a salmonelose, verminose, disenteria e febre tifoide, que são transmitidas pelas patas, asas, corpo e fezes de moscas e baratas. A malária, dengue, febre amarela, leishmaniose, filariose, vêm pelas picadas de mosquitos.
Leptospirose, hantavirose e peste bubônica também são doenças que podem ser transmitidas pelas fezes e urina dos ratos, que têm como um de seus locais prediletos, o lixo, diz o órgão federal.