Jesus dos Santos
A Prefeitura de Jundiaí afirmou que não tem projeto de terraplanagem para a construção da UPA da Ponte São João.
Mesmo assim, executou obras de acerto do terreno, escavando, movimentando terra e fazendo aterro.
Afirmou também que, embora esteja prevista a instalação de um elevador de duas paradas no edifício, não tem o projeto de transporte vertical.
As afirmações foram feitas ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), por ocasião do acompanhamento que o órgão faz sobre o contrato no valor de mais de R$ 8 milhões. Ele foi assinado em abril do ano passado.
O TCE deu 15 dias de prazo para que a Prefeitura de Jundiaí se manifeste e apresente suas alegações sobre as falhas listadas, destacadas as que se referem à falta de projetos para o transporte vertical e terraplanagem e ao não cumprimento do cronograma ajustado.
Em maio do ano passado, quando em vistoria às obras da UPA, o vice-prefeito Gustavo Martinelli se manifestou por meio do portal na internet da Prefeitura de Jundiaí.
Ele disse, que a obra foi iniciada em 2016 (governo Pedro Bigardi) e logo paralisada, por falhas no projeto estrutural. Disse, também, que, à época, estavam retomando a construção, com uma proposta ainda melhor de atendimento aos usuários.
Também em seu portal da internet, em outubro passado, a Prefeitura de Jundiaí informou à população que trabalhadores já montavam estruturas em ferro e aço, para a colocação de pilares e que também compactavam o solo para a estrutura adicional naquela UPA.
No mês passado, técnicos do TCE constataram, pelas informações da própria Prefeitura de Jundiaí, que não há projeto de terraplanagem, nem para o transporte vertical por meio do elevador de duas paradas. Constataram, também, o atraso no cronograma da obra.
DE NOVO
A empresa responsável pelas obras da UPA da Ponte São João é a Central de Planejamento de Obras e Construções Ltda.
Nas atividades de acompanhamento do contrato, técnicos do TCE apontaram que a construtora não está cumprindo o cronograma ajustado com a Prefeitura.
Esta construtora é a mesma que não conseguiu terminar as obras de construção do canil da Guarda Municipal, no bairro do Medeiros.
Ali, também, ela não cumpriu o cronograma estabelecido com a Prefeitura, não pagava seus funcionários e acabou tendo seu contrato, de cerca de R$ 2,5 milhões, rescindido no mês passado.