Jesus dos Santos
Apesar de toda a sua grande importância, o Conselho Municipal de Saúde de Jundiaí, o COMUS, continua sendo tratado com pouco-caso pela Prefeitura de Jundiaí.
No dia 25 passado, a Prefeitura de Jundiaí publicou, em seu portal eletrônico, que o órgão foi eleito para mais um mandato que vai até 2023.
Errou. O mandato vai até 2024.
Publicou que sua eleição foi realizada no complexo esportivo Dr. Nicolino de Luca, o Bolão.
Errou. O pleito se deu no Parque Comendador Antonio Carbonari, a antiga Festa da Uva.
Publicou somente os nomes dos titulares eleitos, como se só por eles fosse composto o Conselho.
Errou. Os membros eleitos suplentes também têm papel importantíssimo no colegiado e a população em geral precisa conhecer cada um deles.
Todos esses erros já foram corrigidos, depois de reportagem do Grande Jundiaí.
Mas, infelizmente, os erros não pararam por aí!
Nem mesmo a Imprensa Oficial do Município escapou de ser usada para escancarar o pouco-caso que a Prefeitura de Jundiaí faz do seu Conselho Municipal de Saúde.
Em sua edição ordinária desta sexta-feira (1), o prefeito Luiz Fernando Machado (PSDB) designou seus novos membros para o novo biênio 2022-2024.
E, nessa designação, que ocorre por força de lei, o prefeito dá como membro suplente o voluntário Jesus dos Santos (repórter que redige esta matéria).
Errou. Jesus dos Santos foi eleito, pelo movimento sindical de Jundiaí, como titular e não como suplente!
O prefeito também designou como suplente da titular Márcia Regina Alves Gonçalves, a Márcia Pará, a voluntária Marlucy Sichetti.
Errou. Marlucy Sichetti foi eleita pela população de Jundiaí também como titular.
Mas, para os conselheiros envolvidos nesse pouco-caso, tudo bem, tanto faz! Todos somos membros! Titulares e suplentes.
Sejamos titulares ou suplentes, todos iremos trabalhar e dar trabalho, se necessário, em busca das melhorias para a área de Saúde de nosso Município.
Vamos, por exemplo, logo no início de mandato, cobrar da Prefeitura de Jundiaí o também pouco-caso feito à UPA da Vila Progresso (e outras), que nem se consolida como UPA, nem como Centro de Especialidades, nem como nada.
Aliás, como nada, não! Ali já é o novo local para moradores de rua, conforme publicou o Jornal da Região de Jundiaí, nesta sexta-feira (1), em reportagem intitulada “Moradores de rua invadem obra da UPA da Vila Progresso”.
E a reportagem do JR já rendeu, no Facebook, quase uma centena de comentários. Praticamente, todos negativos para a Administração Municipal.
Também logo no início de mandato, tomara que os novos conselheiros titulares e suplentes, em uníssono, cobrem a Prefeitura de Jundiaí explicações sobre as contas do Hospital São Vicente que, no último quadrimestre de 2021, apresentam despesas de cerca de R$ 600 mil a mais do que suas receitas.
Tomara que os novos conselheiros titulares e suplentes também consigam entender porque o Hospital São Vicente, em todos os anos, interna um sem-número de pacientes sem a autorização do Ministério da Saúde e, assim, a Prefeitura de Jundiaí tem de assumir os custos.
Tomara que os novos conselheiros titulares e suplentes consigam combater com sucesso as filas para exames, consultas e cirurgias nesta cidade.
Tomara que os novos conselheiros titulares e suplentes consigam fazer a Prefeitura de Jundiaí entregar remédios para idosos em suas casas, vez que a lei para isso já está em vigor há quatro anos e nem mesmo o vereador-autor dela se mexe para que isso ocorra.
Tomara que os novos conselheiros titulares e suplentes façam muito. Tudo não conseguirão fazer. Nem como titulares, nem como suplentes. Nem juntos. Mas, a saúde de Jundiaí há de melhorar.
Para os conselheiros, tudo bem, tanto faz estarem titulares ou suplentes. Para saúde, não! Ela é ela. Viva o SUS!
SUGESTÃO
O Grande Jundiaí sugere que a população de Jundiaí leia a próxima edição da Imprensa Oficial do Município, que será editada na próxima segunda-feira (4).
Por força de lei, nela, por certo, o prefeito Luiz Fernando Machado deverá fazer a correção sobre a nova composição do Conselho Municipal de Saúde, COMUS.