Uma comerciante de 45 anos, moradora na Vila Municipal, em Jundiaí, teve o aplicativo de WhatsApp clonado depois de responder a uma falsa pesquisa sobre coronavírus, feita por telefone. Para ganhar a confiança da vítima o golpista se apresentou como agente da ‘Secretaria da Saúde de Jundiaí’, cometendo um erro que passou desapercebido por ela, já que a nomenclatura da pasta, na realidade, é Unidade de Gestão de Promoção da Saúde. Ao assumir o controle do aplicativo o golpista passou a pedir empréstimos a amigos da vítima em sua rede de contados.
Uma colega dela, contactada pelo farsante e que não tinha o valor para emprestar, pediu a um familiar que fizesse as transferências solicitadas, sacramentando assim o golpe aplicado.
Convincente
Ao se apresentar como agente de saúde e explicar sobre a pesquisa, que seria para monitoramento sobre a pandemia na cidade, o estelionatário fez uma série de perguntas, que foram prontamente respondidas por ela. Ao sentir que havia ganhado sua confiança, o bandido disse que para que a pesquisa fosse validada, a comerciante teria que confirmar um código enviado por SMS, digitando e encaminhando a ele. “Ele disse após essa confirmação eles não entrariam mais em contato. Passe o número pedido e ‘dancei’! Clonaram meu WhatsApp”, lamentou ela, que completou. “Várias pessoas me ligaram dizendo que receberam contato com pedido de empréstimos”.
Uma dessas pessoas, que não tinha os valores solicitados, mas queria ajudar a amiga, pediu a um parente que transferisse o dinheiro para duas contas indicada pelo farsante. O montante enviado pela familiar da amiga foi de R$ 4.170.
A comerciante registrou Boletim de Ocorrência e o caso deve ser investigado pela Polícia Civil.
Outro caso
Na semana passada uma atriz de Jundiaí, de 40 anos, recebeu uma ligação em que o golpista se passava por agente do Sistema Único de Saúde (SUS). Ao ser informada do que se tratava, aceitou ser submetida à pesquisa sobre a pandemia. Para ser convincente o golpista fez uma série de perguntas a respeito de sintomas, além de questionamentos sobre ganho monetário.
Ao final das perguntas ele encaminhou uma mensagem com seis dígitos e pediu que ela o digitasse. Ao notar que junto da mensagem havia uma menção ao WhatsApp, a mulher desconfiou se tratar de um golpe. “Constava também um alerta para não passar o código para ninguém. Eu disse que não digitaria o código e ele insistiu, alegando que era necessário para validar a pesquisa. Resisti e lhe disse que então não seria validada, foi quando ele desligou”, comentou ela.
Os golpes estão sendo aplicados desde que o Governo Federal passou a fazer pesquisas através do TeleSUS, já durante a pandemia. No entanto, segundo informações disponibilizadas no site oficial do Mistério da Saúde, a pasta não pede códigos e não envia links ou SMS’s durante a abordagem. Quando a pessoa recebe a ligação, o identificador deve constar o número 136, do Disque Saúde.