Motoristas e cobradores de ônibus protestaram, na tarde desta sexta-feira (4). O primeiro movimento foi no Terminal Central, onde todos os ônibus estãoparados, desde às 16 horas.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Jundiaí e Região, Paulo Ataíde, os motoristas estão inconformados com os valores de seus holerites.
“Na realidade, os valores dos pagamentos referentes a este mês estão abaixo dos que eles vinham recebendo. Mas, ocorre que, muitos deles têm empréstimos consignados, pensão alimentícia, desconto por batidas dos ônibus e tudo isso estava suspenso por três meses. Agora tudo voltou ao normal. E como eles estão recebendo 50% do salário pela empresa e outros R$ 907,00 pelo Governo Federal, ainda não entenderam a transação”, explicou Ataíde.
Segundo um ex-motorista, que estava presente no Terminal Central, durante o protesto, esse movimento poderá ganhar proporções maiores e chegar até mesmo à greve.
“Os motoristas estão em situação difícil, querem voltar a trabalhar de forma normal, ou seja, as 220 horas por mês, mas as empresas preferem deixar as 110 horas, porque o governo paga a outra metade do salário”, disse ele.
Ataíde adiantou que está tentando convencer os motoristas e as empresas para um acordo, principalmente no que se refere às questões de comunicação e esclarecimentos devidos.