O médico mais antigo do Brasil, ainda na ativa, é jundiaiense.
O cardiologista Orandy Congílio, de 95 anos de idade e 70 de carreira, foi homenageado na tarde desta sexta (22) pelo prefeito Luiz Fernando Machado, no Paço Municipal, ao lado de seus familiares.
Ele, que atende em um convênio médico das 8h às 14h, e em seu consultório das 16h às 18h, de segunda a quinta, resume com simplicidade por que não deixa de trabalhar. “Eu não sabia que era velho”, diz.
Nascido em 10 de junho de 1924, o cardiologista atuou em vários lugares, como no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Rio de Janeiro; recém-formado, foi o médico plantonista na inauguração do Maracanã, em 1950.
Logo a seguir passou a atender em Jundiaí e região. “Fui o primeiro médico de Jarinu, que na época tinha dois mil habitantes. Atendi os dois mil”, conta. “Comecei a ser procurado também pelos moradores de Itupeva; a cidade não tinha médico – só tinha um padre. Acabei ficando muito conhecido”.
O encontro contou com a presença do vereador – e também cardiologista – Wagner Ligabó, que aproveitou para compartilhar histórias sobre medicina e atendimento médico no passado e no presente.
O prefeito agradeceu a presença de Orandy e de seus familiares, ressaltando que a história de vida de Congilio é inspiradora. “Esta é uma homenagem simples, mas é o mínimo que a administração poderia fazer, em nome da cidade”, disse. Luiz Fernando entregou uma placa comemorativa ao médico, que se disse muito feliz com a lembrança. “É uma honra muito grande, ainda mais partindo de Jundiaí, minha terra querida”, afirmou.
Congilio tem um só pulmão, sequela de uma tuberculose. Também já se recuperou de um AVC e de um linfoma, e passou por uma cirurgia cardíaca no Hospital São Vicente de Paulo. O segredo para viver tanto? Ele diz que não há.
“Em todos os problemas graves de saúde que tive, fui muito bem assistido aqui em Jundiaí, cuja medicina é muito avançada”, diz. “Fora isso, o segredo é divino; estou aqui por alguma razão, e enquanto puder continuarei a atuar”.