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Mãe diz à Polícia que filho foi chamado de macaco pela diretora da Emeb do Almerinda Chaves

Publicado em: 25/11/2022 Autor/fonte: Jesus dos Santos
Mãe diz à Polícia que filho foi chamado de macaco pela diretora da Emeb do Almerinda Chaves
Criança agora ?inventa? dor cabeça ou qualquer outro problema para não ir mais às aulas. Além de registrar o Boletim de Ocorrência Policial, mãe já conversou com a gestora de Educação da Prefeitura de Jundiaí, Vasti Ferrari Marques e com outros pais que têm filhos nessa escola

Jesus dos Santos

 

A mãe de um dos alunos da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Ivo de Bona, no bairro do Almerinda Chaves, em Jundiaí, Tamara Aparecida Santos de Souza, procurou a Polícia, na tarde desta sexta-feira (25), para registrar Boletim de Ocorrência por ato da diretora da unidade de ensino, Kely Maria Vieira.

Acompanhada pela professora da escola, Ana Cristina Dias Rocha Lima, Tamara disse à Polícia que seu filho de 8 anos, durante o intervalo das aulas, no mês passado, brincava com seus colegas, todos trepados numa árvore da própria escola. E que a diretora da escola, quando se referiu ao seu filho, o chamou de macaco.

Narrando o fato, Tamara disse à Polícia que seu filho brincava com os colegas no playground da escola, acompanhados pela professora Ana Cristina, quando a diretora Kely se aproximou e pediu silêncio no local, vez que outras crianças faziam provas em salas de aulas.

A mãe também disse que a diretora, ao ver seu filho pendurado numa árvore, esbravejou com a frase ‘venha aqui macaquinho’.

Tamara, ao final de seu relato à Polícia, disse que procurou a diretora e que ela confirmou ter dito a frase ao garoto, já que ele estava pendurado na árvore.

REPRESÁLIAS

O presidente da Asserv – Associação de Servidores Municipais do Aglomerado Urbano de Jundiaí e Região – João Miguel Alves, foi quem acolheu a professora Ana Cristina, que, também pela denúncia desse fato, tem enfrentado represálias na escola.

“Procurados pela professora, não tivemos dúvida em fazer o acolhimento. Aliás, não somente a acolhemos, como, dentro de nossas atribuições na área social, estamos apoiando a família do garoto, inclusive com comunicação ao Conselho Tutelar. Não é possível ver uma situação dessa e ficar parado! Veja que a mãe já esteve até mesmo pessoalmente com a gestora da Unidade de Educação da Prefeitura de Jundiaí, Vasti Marques e, até agora, nada foi resolvido. Ela também esteve em reunião na escola, acompanhada por pais de outros alunos, que a apoiam”, disse João Miguel.

“A mãe também já nos comunicou sobre o problema que enfrenta em casa, porque o garoto, agora, não quer mais ir para a escola. Diz ela que ele tem medo da diretora e também do coordenador. Diz que o coordenador grita com todas as crianças. Diz também que, num dia o garoto inventa uma dor de cabeça, noutro dia, outra coisa, tudo para não ir à escola”, continuou o presidente da Asserv.

Quanto aos outros problemas enfrentados na escola por Ana Cristina, João Miguel diz que a Asserv já preparou seu expediente próprio para ajudar a servidora no que for preciso.

“Tivemos conhecimento de alguns problemas que a professora Ana Cristina está enfrentando na escola e já estamos prontos para a devida atuação. Ela é uma professora que denuncia o que encontrar de errado! É bastante corajosa! Uma das provas está aí, nessa denúncia que fez da diretora chamando o garoto de macaco”, completou João Miguel.

PREFEITURA DE JUNDIAÍ

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Jundiaí não atendeu ao pedido da reportagem para que enviasse as considerações da Unidade de Gestão de Educação sobre o caso, inclusive informando sobre as providências tomadas.

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