“Procurei o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), pois meu marido está desempregado e meus filhos Natally e Marcos já tiveram asma e bronquite ao longo da infância. Achei o método de saque muito fácil e este dinheiro irá nos ajudar a comprar frutas, que as crianças pedem bastante”, disse Ana Cláudia Santiago Silva, moradora do Jardim Novo Horizonte ao Portal da Prefeitura de Jundiaí.
O depoimento de Ana Cláudia é uma das provas do início do pagamento do benefício de R$ 150, criado no governo de Pedro Bigardi, para socorro às pessoas em situação de vulnerabilidade, durante os períodos de eventuais pandemias.
Também ao Portal da Prefeitura de Jundiaí, a gestora da Unidade de Assistência e Desenvolvimento Social, Nádia Tafarello Soares, explicou a escolha da modalidade de pagamento.
“Escolhemos como forma de pagamento o cartão, pensando na população mais fragilizada, que tem sofrido em filas de bancos, com risco de contaminação pelo coronavírus. Isso serviu de experiência para que não repetíssemos o mesmo modelo”, disse a gestora.
A Prefeitura de Jundiaí informa que vai distribuir dois mil cartões, até o final do ano, com investimento social de R$ 300 mil para as famílias que se enquadram nos critérios de vulnerabilidade social discriminados na Portaria nº 03/2020.
Para o conselheiro de saúde Joaci Ferreira da Silva, esta é uma conquista de parte da população que, apesar da demora, agora pode usufruir do benefício da Lei Bigardi.
“Demorou bastante. Esse benefício deveria estar sendo pago, desde o início da pandemia, porque, nessa época, muitas pessoas já enfrentavam necessidades. A lei existia, mas todo mundo estava quieto. Precisou o ex-prefeito Bigardi ir para as redes sociais e, em vídeo, avisar sobre a existência da lei e que ela estava em vigor. E, infelizmente, isso não foi suficiente para que a Prefeitura começasse o pagamento dos R$ 150. Fui para o Ministério Público, Elaine Miossi, servidora do Dae S/A, fez denúncia na Câmara Municipal e travamos a luta, em busca do benefício. A Prefeitura, questionada pelo Ministério Público, respondeu que iria pagar o benefício. Mas, não disse quando iria pagar. Daí, entrei com recurso no próprio Ministério, mas que foi arquivado, porque o promotor de Justiça entendeu que a Prefeitura já estava providenciando o pagamento. Mas, enfim, ele (o pagamento) começou”, contou Joaci Silva.
Joaci Silva aponta para as duas mil pessoas contabilizadas pela Prefeitura de Jundiaí, com direito ao benefício. Ele teme não ser esse o número realde pessoas em situação de vulnerabilidade.
“Em minhas contas é muito mais de duas mil o número de pessoas em situação para receber o benefício! Mas vamos esperar. E, se ao final do ano, prazo final dado pela Prefeitura, aparecerem mais pessoas na mesma situação? A Prefeitura fezprevisão para isso?”, questionou o conselheiro.
O Portal da Prefeitura de Jundiaí informa que “os atendimentos e entregas de cartões são feitos nos seis CRAS, no Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) e no Centro Pop, espalhados pelo município”.
Informa também que “a fim de evitar deslocamentos e aglomerações, as pessoas que se enquadram nos critérios e quiserem solicitar o auxílio devem procurar esses equipamentos da assistência social, pelos telefones indicados abaixo ou pelo WhatsApp. As famílias selecionadas são contatadas pelos serviços, que orientam quanto à documentação necessária”.
• Cras Central – telefone: 4522-1033/ celular e WhatsApp: 94088-7365;
• Cras Novo Horizonte – telefone e WhatsApp: 4817-3998/ celular: 94088-7399;
• Cras Santa Gertrudes – telefone: 4537-2981/ celular e WhatsApp: 94087-4528;
• Cras São Camilo – telefone: 4526-8609/ celular e WhatsApp: 94087-4526;
• Cras Tamoio – telefone: 4527-3900/ celular e WhatsApp: 94088-7395;
• Cras Vista Alegre – telefone: 4815-3662/ celular e WhatsApp: 94087-4564;
• Creas – telefone: (11) 4521-7142/ celular e WhatsAppe (11) 94087-4521
• Centro Pop – telefone: (11) 4583-7301.