Sabe aquela mancha branca ou mais avermelhada que você tem na pele e que, ao tocá-la, não sente nada? Fique atento, pode ser hanseníase. A doença não escolhe sexo e nem idade, atingindo também crianças e grávidas.
Ao ser diagnosticado com a doença, toda e qualquer pessoa deve iniciar imediatamente o tratamento, disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Assim que toma a primeira dose da medicação, o risco de a pessoa infectada transmitir a doença é praticamente nulo.
A hanseníase é uma doença dermatoneurológica, que tem manifestação na pele, como a presença de manchas com alteração de sensibilidade. A parte neurológica vem do comprometimento dos nervos periféricos, responsáveis pela sensibilidade e motricidade. Por isso, a hanseníase é a única doença dermatológica que tem alteração de sensibilidade na pele.
A doença pode atingir homens e mulheres em qualquer idade, sendo mais grave quando ataca pessoas com menos de 15 anos. Em crianças, o diagnóstico da hanseníase exige avaliação mais criteriosa, diante da dificuldade de aplicação e interpretação dos testes de sensibilidade.
Casos em criança, podem sinalizar transmissão ativa da doença, especialmente entre os familiares, o que deve, portanto, intensificar a investigação dos contatos pelos profissionais de saúde.
A forma de prevenção é diagnosticar os casos precocemente. Não é uma doença que tem vacina para evitar. A prevenção consiste no diagnóstico de todas as pessoas o mais rápido possível, e tratar para que as pessoas evitem a transmissão, bem como examinar todos os contatos, especialmente os domiciliares. A transmissão da doença deixa de ocorrer no início do tratamento.
HANSENÍASE NA GRAVIDEZ
Já entre as mulheres, durante o período gestacional, a imunidade cai, deixando a mãe mais predisposta a apresentar os sintomas da doença. Uma mulher que tem hanseníase, mesmo que em tratamento, pode enfrentar problemas na gestação, com o agravamento da doença. Além disso, o bebê corre o risco de nascer prematuro e com baixo peso, além de poder apresentar sequelas. A mãe também pode sofrer algumas ocorrências indesejadas, como a pré-eclâmpsia e anemia.