CORONAVÍRUS | O eletricista Zenilton Correia, de 67 anos, continuou o tratamento contra as consequências deixadas pela Covid-19 quase dois meses depois de deixar o hospital, em Jundiaí (SP). O paciente, que já foi fumante e tem hipertensão, ficou internado em estado grave e em coma induzido do dia 3 ao dia 27 de abril.
Ao G1, Correia contou que é autônomo e dias antes de apresentar problemas na respiração havia usado o transporte público entre Jundiaí e a capital. O morador usou trem e ônibus na ida e volta para casa.
“Tenho certeza que fui contaminado assim, porque foi logo quando começaram a explodir os casos. A primeira coisa que eu senti foi a falta de ar, muito ofegante”, lembra.
Com a suspeita, Zenilton se isolou com a esposa em casa e pediu aos filhos que fizessem compras para eles. O casal vive sozinho no imóvel, na região do bairro Bom Retiro. A mulher, no entanto, não foi contaminada.
O eletricista apresentou piora no quadro e foi levado ao Hospital São Vicente, onde ficou entubado por 15 dias.
No período, ele lembra apenas de alucinações, mas assim que saiu da unidade foi informado pela família que os boletins médicos não eram os melhores. O quadro era grave.
“Consegui sair andando do hospital e precisei mais de fisioterapia para a respiração, mais para o pulmão mesmo. Só agora estou retomando meus trabalhos com serviços leves e aos poucos”, conta.
Zenilton, que foi um dos primeiros pacientes da cidade a ser infectados, ainda afirma que teve alta da fisioterapeuta, mas que continuará fazendo em casa os exercícios para a respiração.