O comerciante José Corsatto pediu ao Jundiaí Saúde para publicar sua retratação pelo áudio que gravou e ganhou grandes proporções nas redes sociais, na manhã de hoje.
Há mais de 40 anos no comércio de veículos em Jundiaí, o comerciante, que, por decreto municipal, está com sua loja fechada, criticou a aglomeração que flagrou em supermercados da cidade.
No áudio, ele manifesta sua indignação, já queconsidera que as aglomerações de pessoas em estabelecimentos de atividades classificadas como essenciais, serão as responsáveis pela disseminação do coronavírus.
“Essa aglomeração é que vai esparramar o coronavírus para toda a população de Jundiaí”, disse ele, acrescentando um palavrão.
“Passem em frente do Assaí, na Rua XV de Novembro! Passem em frente das Lojas Americanas, na Avenida Nove de Julho! Passem em frente da Casa do Confeiteiro, na Luis Latorre! Vocês vão ver o que é aglomeração de pessoas e é isso que vai esparramar o coronavírus em toda a cidade! Minha filha ficou com medo de entrar no Supermercado Boa da Vila Hortolândia, agora de manhã, de tanta gente que tinha lá dentro!”, continuou Corsatto.
E, dirigindo-se ao prefeito Luiz Fernando Machado, o comerciante fez sugestão.
“Luiz, você precisa mandar fiscalizar esses estabelecimentos com aglomerações, porque não estão fazendo o que é para ser feito. Ou então manda abrir todo o comércio!”, sugeriu ele, repetindo palavrões.
Ainda nesta manhã e por telefone, o comerciante pediu à reportagem do Jundiaí Saúde que publicasse sua retratação.
“Quero deixar claro que fiquei muito nervoso e descontrolado quando vi essas aglomerações de pessoas que não estão contribuindo com a cidade. Acabei falando alguns palavrões na gravação e me arrependo disso. Sei que fiz o correto, em termos de combater as aglomerações. Mas, não fiz como deveria fazer. Gosto muito de nosso prefeito Luiz Fernando e sei que ele está, sim, empenhado em fazer o melhor para todos nós. Mas, agora, já gravei, já está circulando o áudio e, por isso, me retrato aqui. Sei também que nenhum comerciante tem culpa das aglomerações. Mas a população tem de entender que é a aglomeração de pessoas que vai esparramar o coronavírus. Portanto, peço desculpas a todos, em especial alguma autoridade ou alguns colegas comerciantes, que acabei citando seus nomes”, finalizou o comerciante.