Jesus dos Santos
A Associação de Servidores Municipais do Aglomerado Urbano de Jundiaí e Região – Asserv -, por meio de seu presidente, João Miguel Alves, encaminhou, nesta quinta-feira (4), ofício à Prefeitura de Jundiaí, onde pede 20% de reajuste nos salários dos servidores de Jundiaí e mesmo índice para o Cartão Alimentação.
Além disso, a entidade pede que a data-base da categoria seja alterada. De maio, como está hoje, para janeiro de cada ano.
Os valores dos pedidos dos reajustes têm base nos índices oficiais que medem a inflação no País, além da reivindicação do aumento real nos salários.
De acordo com João Miguel, o pedido à Prefeitura de Jundiaí se deu pela grande procura dos servidores em busca de informações sobre a questão salarial da categoria.
“Já estamos terminando a primeira semana de maio, mês de nossa data-base e a procura dos servidores pela entidade tem aumentado a cada dia. Eles querem saber como vai ficar a nossa situação salarial, do cartão alimentação, aumento real etc”, disse João Miguel.
“Então, o que fizemos com o pedido à Prefeitura foi tão somente apresentar o que matematicamente tivemos de perdas salariais nos últimos cinco anos e, evidentemente, esperar a reposição. Além disso, pedimos 0,5% de aumento real a cada ano desses últimos cinco. Esperamos que Prefeitura nos atenda nessa reivindicação, porque ela retrata o que a matemática nos revela e o que merecemos por nosso trabalho, que é a melhor contribuição para com o desenvolvimento dessa cidade”, completou o presidente.
HISTÓRIA
No ofício, João Miguel mostra o histórico dos últimos reajustes que a Prefeitura de Jundiaí deu aos servidores. Todos eles foram abaixo do que registrou o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) dos últimos cinco anos.
“Em maio de 2019, tivemos reajuste de 2,67% e nesse mesmo ano, mais 2% em novembro. Isso totalizou 4,7234%, mas o INPC de maio/18 a abril/2019 foi de 5,07471%. Aí já tivemos perda de 0,3355%”, mostrou João Miguel.
“Se a gente considerar o INPC de maio de 2018 a abril de 2022, que foi de 30.271%, vemos que registramos uma perda de 12,83%, já que a Prefeitura de Jundiaí somente concedeu reajustes que totalizaram 15,4575% nesse período”, continuou.
“Resumindo, devemos considerar as perdas salariais de maio de 2018 a abril de 2022, mais o INPC projetado de maio de 2022 a abril de 2023 e aí registramos a perda de 17,18%. Mas, não queremos só a reposição! Queremos aumento real de cada um desses cinco anos que passaram em branco para nós! Pelo menos 0,5% por ano, o que totaliza 2,5251%. Assim, somados os índices, matematicamente registramos a perda de 20,1329% e é isso que reivindicamos para nossos salários, mais esse mesmo índice para nosso Cartão Alimentação, que iria de R$ 865,00 para R$ 1.038,00”, destacou João Miguel.
Por último, o presidente mostrou no ofício protocolado, a necessidade da alteração da data-base da categoria.
“Veja que o orçamento Municipal para o ano seguinte é cravado até o dia 30 de setembro de cada ano. Então, se nele for contemplado nosso reajuste para vigorar a partir de janeiro do ano seguinte teremos muito mais condições de garantia de termos a integralidade desse reajuste já no começo do ano. Por isso, pedimos a alteração da data-base para o primeiro mês de cada ano. E as negociações sobre nossos reajustes teriam de ser sempre antes do fechamento do orçamento municipal, ou seja, antes de 30 de setembro de cada ano” finalizou João Miguel.