Jesus dos Santos
Um abaixo-assinado de cerca de 400 assistentes de administração da Prefeitura de Jundiaí provocou reunião com o gestor da Unidade de Administração e Gestão de Pessoas, Lucas Lusvarghi. Com pauta exclusiva, os servidores reivindicaram o reconhecimento e pagamento pelas atividades que a eles foram impostas em 2022, em virtude de alterações no Plano de Cargos e Salários.
A reunião ocorreu na última quarta-feira (18), no Paço Municipal.
De acordo com Maria de Fátima Lima Oliveira, líder do movimento dos assistentes de administração, o gestor municipal pediu que mais documentos sejam apresentados para a fundamentação da reivindicação dos servidores.
“Fomos recebidos na última quarta-feira (18) pelo gestor Lusvarghi e a ele apresentamos o nosso pedido. Em 2022, de forma unilateral, ou seja, somente pela iniciativa da prefeitura, o Plano de Cargos e Salários foi alterado. E nessa alteração, a função de assistente de administração recebeu mais atividades, de modo que estamos com acúmulo de função. Agora, temos tarefas até mais complexas e que eram desenvolvidas por outros cargos!”, explicou Maria de Fátima ao Grande Jundiaí, na manhã deste domingo (22).
“Então, queremos que a Prefeitura reconheça esse acúmulo e reajuste nossa faixa salarial em 40%, pagando também os valores retroativos. Já entregamos o estudo que comprova e fundamenta esse pedido. No entanto, Lusvarghi pediu outros documentos que possam tornar viável a nossa reivindicação”, completou a líder.
Maria de Fátima, além de reclamar da iniciativa unilateral da prefeitura quanto à alteração do Plano de Cargos e Salários, reclamou do trabalho do Sindicato dos Servidores Públicos de Jundiaí, o Sindserjun e o comparou com a Associação de Servidores Municipais de Jundiaí e Região, a Asserv.
“Veja que, por ocasião da alteração do Plano de Cargos e Salários, a categoria não foi ouvida. A prefeitura não perguntou se os assistentes administrativos estavam ou não capacitados para o desenvolvimento dessas novas e complexas atividades”, continuou.
“O Sindserjun não está ativo. Tanto é que ele (sindicato) participou dessa reunião com Lusvarghi como ouvinte, por meio de uma de suas advogadas. Aliás, a advogada me disse que não estava ciente da pauta da reunião, o que não procede, porque falei com eles em 2022 e no dia 08 de maio passado, falei novamente. Nunca me deram respostas”, arrematou Maria de Fátima.
“Já a Asserv, primeira a protocolar nossa reivindicação e a receber o pedido para nos acompanhar nessa reunião com Lusvarghi, ela está ativa e pronta para nos ajudar”, continuou a líder.
“Seu presidente, João Miguel Alves, nos acompanhou na reunião e está conosco nesse movimento. Assim, esperamos sucesso nessa demanda”, finalizou Maria de Fátima.
ASSERV
Para o presidente da Asserv, João Miguel Alves, que também participou da reunião dos assistentes com Lusvarghi, este é mais um movimento que pode e deve dar certo.
“A Prefeitura de Jundiaí precisa reconhecer e reajustar os salários dos assistentes de administração. Precisa, também, pagar os valores retroativos, porque essa causa é justa. Os servidores mostraram em estudos entregues à Administração que fazem jus ao pedido. E, é claro, que a Asserv está junto a esse movimento, assim como já esteve em outros”, disse João Miguel, também na manhã deste domingo (22).
Dos outros movimentos que João Miguel se refere, o destaque fica por conta da categoria de professores.
“Os professores saíram vitoriosos em 2023, já que, em 2022, o movimento passou também a receber nosso apoio, em relação ao pagamento da Meta 17, que é um dos itens do Plano Nacional de Educação. Os professores foram contemplados com mais de 10% de reajuste em seus salários. E isso é muito gratificante para a Asserv, que lutou bastante para que isso ocorresse. E mais gratificante ainda para os professores que, por justiça, mereciam vitória na demanda. Agora, vamos continuar ajudando os assistentes de administração e também esperamos vitória”, concluiu João Miguel.